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domingo, 13 de maio de 2012

Dia do Índio

A Educação Infantil trabalhou o Dia do Índio através de análise de um cartaz onde mostrava a vida do índio sem a influência do branco e dois vídeos onde um relatava a vida do índio antes e depois da influência do branco (somente com imagens) e um clip da Turma do Cocoricó relatando  as palavras de origem indígena que usamos e que muitas das vezes não temos conhecimento.
O trabalho foi rico e ainda foi possível trabalhar com as cores, formas, sequência, letra inicial das palavras Índio, Oca, Cocar, coordenação motora fina quando cada aluno confeccionou o seu próprio cocar, dançamos e cantamos algumas músicas que falavam sobre os índios.




Música:
Na tribo eles vivem comendo raiz
caçando e pescando
guerreando feliz
a oca é a morada
a taba é aldeia
cacique é o chefe
pajé, o feiticeiro
o deus é tupã
a lua é jaci
a lingua que eles falam é tupi guarani
foram os primeiros habitantes do Brasil
salve o dia do índio 19 de abril...



 


Letra da música do clip:

Tu Tu Tu Tupi

Cocoricó

Tu Tu Tu Tu
Tu Tupi
Todo mundo tem
um pouco de índio
dentro de si
dentro de si
Todo mundo fala
língua de índio
Tupi Guarani
Tupi Guarani
E o velho cacique já dizia
tem coisas que a gente sabe
e não sabe que sabia
e ô e ô
O índio andou pelo Brasil
deu nome pra tudo que ele viu
Se o índio deu nome, tá dado!
Se o índio falou, tá falado!
Se o índio chacoalhou
tá chacoalhado!
e ô e ô
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
vamos chacoalhar
vamos chacoalhar
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
que índio vai falar:
Jabuticaba Caju Maracujá
Pipoca Mandioca Abacaxi
é tudo tupi
tupi guarani
Tamanduá Urubu Jaburu
Jararaca Jibóia
Tatu
Tu Tu Tu
é tudo tupi
tupi guarani
Arara Tucano Araponga Piranha
Perereca Sagüi Jabuti Jacaré
Jacaré Jacaré
quem sabe o que é que é?
- ...aquele que olha de lado...
é ou não é?
Se o índio falou tá falado
se o índio chacoalhou
tá chacoalhado
e ô e ô
Maranhão Maceió
Macapá Marajó
Paraná Paraíba
Pernambuco Piauí
Jundiaí Morumbi Curitiba Parati
É tudo tupi
Butantã Tremembé Tatuapé
Tatuapé Tatuapé
quem sabe o que é que é?
- ...caminho do Tatu...
Tu Tu Tu Tu
Todo mundo tem...




Segue abaixo um texto para enriquecimento do conhecimento pedagógico.

A influência indígena na cultura brasileira

A herança dos povos indígenas foi decisiva para que o Brasil se tornasse o país multicultural dos dias de hoje.

A contribuição dos povos indígenas à formação da nação brasileira vai além de um conjunto de palavras, objetos, espécies domesticadas e técnicas de manejo do ambiente. A constituição do Brasil como um país multicultural se deve, sobretudo, à presença de centenas de grupos indígenas que habitam seu território e, ainda hoje, são parte constitutiva e atuante da sociedade brasileira. Atores fundamentais no início da colonização, os índios lutaram ao lado dos europeus ajudando a definir os limites do território nacional.

A diversidade cultural e linguística dos povos indígenas influenciaria os modos de ser da população mestiça que, a partir da mistura de diferentes matrizes, caracterizaria a população brasileira atual.   

A Língua Brasílica

No Brasil, existem hoje cerca de 180 línguas indígenas diferentes. Desde o século XVI, o contato  entre as línguas nativas e as europeias, sobretudo o português, fomentou processos de transformação linguística por todo o território. Cerca de metade das línguas indígenas existentes na época foi extinta pelo violento processo colonial.


As principais línguas tupi-guarani faladas pelos habitantes do litoral (o tupinambá e o guarani) foram sistematizadas já no início da colonização. Seu uso por missionários jesuítas não se limitava apenas à comunicação com os indígenas, como comprovam as mais de 30 composições líricas e dramáticas escritas em tupinambá por José de Anchieta. Essa língua era chamada de língua brasílica no século XVII e, nos pontos mais longínquos da administração colonial, era usada como língua corrente entre portugueses e seus descendentes (predominantemente mestiços) e escravos africanos.

A língua tupi de São Vicente e do Alto Tietê deu origem à chamada língua geral paulista, falada pelos bandeirantes que, no século XVII, saíram para explorar Minas Gerais, Gioás, Mato Grosso e a Região Sul do país, até ser suplantada pelo português, já no século XVIII. 

O tupinambá também deu origem à língua geral amazônica que, a partir do Maranhão, espraiou-se pela calha do rio Amazonas. A língua geral amazônica, atualmente conhecida como nheengatu, ainda hoje é falada na região da bacia do rio Negro.

Na boca do povo
Algumas palavras de origem indígena absorvidas pela língua portuguesa:

Biboca (do guarani yvyoca) = casa de barro;
Canoa (do caribe canuaua) = embarcação;
Pereba (do guarani peré) = cicatriz, vestígio, mancha;
Pipoca (do guarani popó) = saltar, brincar;
Pitar (do guarani pitá) = fumar;

A Geografia Tupinambá
Diversas palavras em tupinambá tornaram-se nomes de cidades e até de Estados, como nos exemplos abaixo:

Araraquara - formigueiro de arará;
Aratuípe - no rio dos caranguejos;
Boraceia - dança;
Butantã - chão duro;
Caraguatatuba - gravatazal;
Comandatuba - feijoal
Ipanema - rio sem vida, sem sorte;
Ipiranga - rio vermelho;
Itaim - pedrinhas;
Itaquaquecetuba - lugar onde há muita taquara-faca;
Jabaquara - esconderijo de fugitivos;
Jacareí - rio dos jacarés;
Jaguariúna - rio preto das onças;
Jundiaí - rio dos bagres;
Moji-Mirim - rio pequeno das cobras;
Paranapiacaba - mirante do mar, lugar onde se vê o mar;
Paraíba - rio ruim;
Pavuna - lagoa escura;
Piracicaba - lugar aonde chegam os peixes;
Sergipe - no rio dos sirirs;
Ubatuba - lugar onde há muita cana para flechas;

Agricultura de Coivara


As técnicas de plantio desenvolvidas pelas populações indígenas são até hoje utilizadas por pequenos agricultores por todo o país. Conhecida como coivara, a agricultura de corte e queima, quando feita de maneira controlada, produz baixo impacto ambiental. Primeramente, um pequeno trecho de mata é derrubado. Após secar, o mato derrubado é queimado para que, no começo das chuvas, inicie-se, de maneira combinada, o plantio de diversas espécies. As roças plantadas com essa técnica têm duração de dois a três anos, sendo abandonadas em seguida para a abertura de novos espaços. Esse processo garante a recuperação da área desmatada e a manutenção da fertilidade do solo. 

Plantas Domesticadas


O conhecimento das populações indígenas sobre as espécies nativas é fruto de milhares de anos de experimentações no manejo e domesticação de plantas. Entre as centenas de espécies cultivadas pelos índios, podemos destacar: o milho, a batata-doce, o cará, o feijão, o tomate, o amendoim, o tabaco, a abóbora, o urucu, as cuias e cabaças, o abacaxi, o mamão, a erva-mate e o guaraná, além de árvores como o caju, o pequi e o cacau. 

No entanto, a mandioca-brava é o item alimentar de maior importância nas terras baixas da América do Sul. Foi o desenvolvimento de uma sofisticada técnica de processamento para a retirada do ácido cianídrico, poderoso veneno que se ingerido pode levar à morte, que garantiu a sobrevivência do homem nessa região do planeta.  

FONTE: pôster (1) divulgado em 2010 pela revista Carta na Escola com apoio da Natura.http://professor-josimar.blogspot.com.br/2011/04/influencia-indigena-na-cultura.html




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